Aye-Aye



O Aye-aye (Daubentonia madagascariensis) é um primata originário das matas tropicais da ilha de Madagascar. Este pequeno primata é um dos mais bizarros em termos de aparência, possuindo uma enorme cauda com até 50 cm que é bem maior que seu corpo que só mede 45 cm de altura com no máximo 5 kg de peso.
Possui também grandes orelhas que funcionam como "amplificadores" de som que são capazes de captar a menor diferença de vibração. O aye-aye tem 5 dedos em cada mão com unhas muito semelhantes às nossas onde um dos dedos de cada mão é mais comprido e bem mas fino(sem músculos ou carne, apenas articulações) para poder caçar larvas.



Alimentação


Este estranho ser tem hábitos noturnos e é onívoro (herbívoro e carnívoro ao mesmo tempo) e em sua dieta alimentar encontram-se frutas, sementes e principalmente larvas de insetos e lagartas.

Para isso ele usa seu dedo cumprido para "batucar" no tronco das árvores onde suas orelhas enormes captam qualquer diferença de vibração entre o oco e um som característico de que algo está ali. Após ter encontrado sua presa ele usa os dentes incisivos afiadíssimos semelhantes aos roedores e em segundos abre um buraco no tronco da árvore, por onde coloca seu longo dedo e "fisga" a larva até trazer à boca.


Reprodução e Longevidade


Apesar da falta de informação a respeito deste animal, acredita-se que pode viver até 23 anos. As fêmeas alcançam a maturidade sexual por volta dos 3 anos de idade e têm uma cria a cada dois anos com uma gestação entre 170 e 172 dias, e assim segue até os quinze anos de idade; é nesta idade em que a fêmea para de se reproduzir. 



Conservação



Devido à ação antrópica e o fato de os próprios moradores da região matar o animal por acreditarem ser mau agouro, até o ano 1999 foram registrados menos de 2000 indivíduos, mas este número diminui a cada ano.


 

Fonte:
Pesquisas Gato Felix

A química supramolecular da teia das aranhas

Dois artigos recentemente publicados na revista científica "Nature", sobre a química, a bioquímica e a biofísica dos fios das teias de aranhas, foram comentados em um artigo publicado em outra revista científica, "Angewandte Chemie International Edition". O texto a seguir é uma tradução livre deste.

O fio das teias de aranhas é um material absolutamente excepcional: tem uma resistência mecânica proporcionalmente maior do que a do aço quando se leva em conta sua baixa densidade. Um único fio de teia de aranha alinhado sobre a linha do equador teria a massa de apenas 500 gramas. Os fios da teia de aranhas são feitos de proteínas: uma cadeia polipeptídica que consiste de uma sequência repetida de dois fragmentos peptídicos, juntos chamados de "sequência AQ". O fragmento A é hidrofóbico, ou seja, não admite moléculas de água associadas, que apresenta muitas unidades do aminoácido alanina. (O fragmento Q é hidrofílico, ou seja, com afinidade por água; é um fragmento que apresenta moléculas de água associadas através de ligações de pontes de hidrogênio), rico em glutamina e em glicina. Esta estrutura AQ é a "parte central" da fibra do fio da teia de aranha, e sua estrutura e função lembram a do colágeno (proteína espalhada pelo corpo dos humanos que forma o tecido conjuntivo). A fibra dos fios da teia de aranha é formada por 12 fragmentos AQ, os quais terminam com fragmentos diferentes, que atuam como "sinais químicos" e partes diferentes constituídas por grupos amina livres (-NH2) e grupos carboxila livres (-CO2H).  Estas partes diferentes formadas pelos grupos amina e carboxila livres participam de funções diferentes, como controle da solubilidade da proteína e da formação da fibra que dá origem ao fio da teia de aranha.


Por exemplo, a estrutura da terminação C (ácido carboxílico, -CO2H) não repetida (NR-C) da fibroína da aranha Aaraneus
diadematus
foi estudada em solução por ressonância magnética nuclear (RMN). A técnica de RMN detecta os núcleos de alguns átomos (mas não de todos), como por exemplo, os de hidrogênio (H1). É possível se "medir" a forma como átomos de hidrogênio de uma molécula orgânica interagem entre si, e com isso entender como esta molécula orgânica se comporta em solução (por exemplo, em uma solução salina). Desta forma, é possível se verificar como partes das proteínas das aranhas "se dobram" em solução (foi o que foi feito). Foi observado que dois NR-C da fibroína de A.
diadematus formam uma estrutura dimérica, altamente simétrica, com um formato de barril, constituído por duas hélices da proteína, unidas entre si por uma ponte dissulfeto (pontes dissulfeto, S-S, são ligações enxofre-enxofre formadas entre dois aminoácidos cisteína. Estas pontes dissulfeto aumentam a rigidez das proteínas). Este "formato de barril" da estrutura das proteínas das fibras dos fios da teia faz com que as partes hidrofóbicas (A) fiquem agregadas, enquanto que a parte hidrofílica (Q) fica fora do barril, de maneira a que possa se agregar a moléculas de água.

Para que o fio da teia seja formado, é necessário que o pH do ambiente de formação seja muito bem regulado. Foram feitos experimentos com mini-spindroínas (proteínas bem menores do que as spindroínas, que formam os fios), que mostraram que quando a terminação N (amino, -NH2) está participando da formação da proteína, o pH do ambiente deve ser 6,0 (levemente ácido). De outra forma, em pHs mais baixos (mais ácidos) ou maiores (mais básicos), a proteína não se forma. Todavia, estes efeitos são reversíveis. Ou seja, se por um acaso o pH do ambiente se altera, e a formação da proteína é interrompida, a formação da proteína continua quando o pH do ambiente volta a ser 6,0. Já a terminação C (ácido carboxílico, -CO2H) participa da extensão da proteína, ou seja, do aumento do tamanho desta.

A formação das proteínas do fio da teia ocorre dentro de glândulas das aranhas, e são estocadas como oligômeros (pequenos polímeros) de alta densidade, com uma estrutura micelar (uma micela é uma estrutura esférica supramolecular, ou seja, que faz uso de muitas moléculas de um determinado tipo, chamadas de detergentes, por terem uma extremidade carregada positiva ou negativamente, hidrofílica, e uma "cauda" sem carga, hidrofóbica), formando uma microemulsão. Cada micela contém várias proteínas dos fios da teia, e as micelas são estabilizadas pela presença dos grupos N (amina, -NH2) e C (ácido carboxílico, -CO2H) terminais. A auto-agregação das proteínas para formar as micelas é reversível.


Dentro das aranhas, a formação das fibras de proteínas não é apenas determinada pelas mudanças químicas do ambiente, mas também por estímulos mecânicos em um tipo de sinergia (ação conjunta de forças) de efeitos macroscópicos e microscópicos, ilustrados na figura a seguir. Para entender as propriedades formadoras de fibrilas da cadeia de proteínas, é preciso compreender como a extrusão do complexo micelar supramolecular acontece: estresse de cisalhamento (cisalhamento é um movimento de "escorregar para frente e para trás" ao longo do comprimento de um eixo), extrusão de água e troca de íons estimulam a formação das fibras dos fios da teia. A terminação C (ácido carboxílico) faz com que a cadeia AQ não mude de viscosidade durante o processo de cisalhamento. Por outro lado, a cadeia protéica já formada dá origem a uma forma globular que leva ao surgimento de agregados fibrosos quando o terminal C (ácido carboxílico) está presente.

As aranhas formam uma proteína extremamente específica para dar origem às fibras dos fios da teia. (Estas proteínas são o resultado da fusão de um bloco de um co-polímero (AQ) anfifílico, ou seja, um polímero que é ao mesmo tempo hidrofílico e hidrofóbico) e dois "barris" diméricos, com proteínas dobradas na forma de alfa-hélices. Nas glândulas da aranha, as proteínas formam um conjunto de uma microemulsão supramolecular. A aranha então aplica fortes forças de cisalhamento ao mesmo tempo em que realiza a extrusão da proteína de suas glândulas. Esta extrusão é acompanhada da expulsão de água da microemulsão, levando ao desdobramento das estruturas de barris, fazendo com que os fragmentos hidrofílicos se projetem de dentro para fora. Ocorre então uma mudança macroscópica na forma da emulsão, levando a uma polimerização específica que dá origem aos fios da teia com sua enorme resistência mecânica.


A transição na forma das proteínas dos fios da teia, a partir de um complexo supramolecular solúvel em água na forma de micelas para formar fibras longas, mostra como estas proteínas podem mudar de forma de acordo com mudanças no ambiente químico e sob forças mecânicas. Além disso, o estudo realizado mostrou não somente as particularidades de como os fios das teias de aranha e como a teia é formada, mas também como as aranhas trabalham com os fios para formar a teia mais eficiente para capturar suas presas. Embora a formação de fibrilas protéicas sempre fosse vista como uma disfunção estrutural, levando à perda de forma tridimensional das proteínas que as formam, as aranhas se utilizam de tais propriedades para formar os fios de suas teias, altamente resistentes.

Perguntas que ainda restam para serem respondidas sobre as teias de aranha incluem: será que as terminações N (amina) e C (ácido carboxílico) operam de maneira cooperativa, ou reagem diferentemente sob um determinado estímulo químico? Como a agregação supramolecular das cadeias protéicas individuais garante a formação de uma estrutura em rede para dar origem a fios de até 1 metro de comprimento? Como que um fio formado de maneira tão específica pode responder tão bem a diferentes presas capturadas pelas aranhas? A qualidade dos fios das teias depende de como esta é formada pela aranha e fatores ambientais, bem como da alimentação das aranhas. Mas a qualidade intrínseca dos fios é determinada pela sua composição de aminoácidos. A compreensão de como os componentes dos fios da teia pode dar origem ao processo de formação da teia, com suas propriedades mecânicas, ainda permanece um enigma para as ciências dos biomateriais.

O resto é com o homem aranha!

Fonte: Química Viva
Adaptações: Gato Félix

Genialidade é relacionada com a exposição no pré-natal a níveis elevados de testosterona

Um debate de longa data é se 'Gênios' se trata de um subproduto de bons genes ou bom ambiente provoca a customização que pode levar a discussão em uma direção totalmente nova. Pesquisador da Universidade de Alberta, Marty Mrazik diz ser brilhante pode ser devido a um nível adicional de um hormônio natural.

Mrazik, um professor do departamento de psicologia da educação da faculdade de educação e uma colega da Rider University nos Estados Unidos, já publicaram um artigo em revisão Roeper ligando Superdotação (tendo uma pontuação de IQ de 130 ou superior) para exposição no pré-natal de níveis mais elevados de testosterona. Mrazik calcula que, da mesma forma que as deficiências físicas e cognitivas podem ser desenvolvidas no útero, assim também, poderia com a exposição a testosterona, ter como resultado químico a ocorrência natural de Superdotação.

"Parece haver indícios de que a excessiva exposição durante o pré-natal a testosterona facilita o aumento de conexões no cérebro, especialmente no córtex pré-frontal direito," disse Mrazik. "É por isso que vemos algumas pessoas intelectualmente dotadas com características de personalidade distinta que você não vê na população normal."

Noção de Mrazik veio a partir de observações feitas durante a avaliação clínica de indivíduos talentosos. Ele e seu colega pesquisador observaram alguns traços específicos. Esta constatação estimulou uma conversa sobre o papel do desenvolvimento precoce na criação da Fundação para Superdotação.

"Ele nos deu algumas idéias interessantes que poderiam levar mais próxima a essa noção de gênio ser predeterminado do ponto de vista biológica do que talvez as pessoas lhe dessem crédito" disse Mrazik. "Pareceu-me que a maior parte das provas de novas tecnologias (como fazer a varredura de ressonância magnética funcional) nos diz que há um pouco mais acontecendo do que uma genética versus interação ambiental."

Com base nas suas observações, os pesquisadores fizeram a hipótese de que hormônios no desenvolvimento neurobiológico dentro do útero significa que crianças talentosas nascem com uma afinidade para certas áreas, como as artes, matemática ou ciências. Mrazik adverte que é necessária mais investigação para determinar o que podem causar processos exatos do desenvolvimento do cérebro talentoso.

Ele observa que mais se sabe sobre o que desencadeia o desenvolvimento normal do cérebro, assim, o que faz com que pessoas dotadas sejam dotadas é uma nova fronteira. Mrazik espera que dispositivos, tais como o scanner de ressonância magnética funcional lhes dará uma compreensão mais profunda do papel da neurobiologia no desenvolvimento do cérebro talentoso.

"É realmente difícil dizer o que coloca o cérebro em um caminho onde ele vai ser muito mais talentoso," ele disse. "Os próximos passos nesta investigação é saber que causas de estímulos exatos deste desenvolvimento cerebral atípico".


 

Fonte: Science Daily

Traduzido por Daphnia

O Projeto Longevidade surpreende a todos com os resultados!

Anime-se. Pare de se preocupar. Não trabalhe tão duro. Bons conselhos para uma vida longa? Como se vê neste estudo, não! Em um estudo inovador de personalidade como objetivo a longevidade os pesquisadores da Universidade da Califórnia, Riverside descobriram o oposto.

"É surpreendente como muitas vezes pressupostos comuns - por cientistas e os meios de comunicação - estão errados," disse Howard S. Friedman, distinto professor de psicologia que conduziu o estudo de 20 anos. Friedman e Leslie R. Martin, uma aluna UCR de 1996 e pesquisadores de pessoal, publicaram os resultados em "The Longevity Project: Surprising Discoveries for Health and Long Life from the Landmark Eight-Decade Study" (Hudson Street Press, de Março de 2011).

Friedman e Martin examinaram, refinaram e completaram dados reunidos pelo psicólogo da Universidade de Stanford, Louis Terman e subseqüentes pesquisadores em mais de 1500 crianças brilhantes que tinham cerca de 10 anos de idade quando foram primeiramente estudados em 1921. Friedman concluiu "Provavelmente nossa descoberta mais surpreendente foi que características de personalidade e relações sociais na infância podem prever seu risco de morrer décadas mais tarde,". O projeto longevidade, como o estudo tornou-se conhecido, seguindo as crianças através de suas vidas, coletando informações que incluía histórias de família e relacionamentos, professor e classificações de pai da personalidade, hobbies, propriedade, animal de estimação, sucesso de trabalho, níveis de ensino, serviço militar e muitos outros detalhes.

Friedman recordou "Quando começamos, nós fomos frustrados com o estado da investigação sobre as diferenças individuais, stress, saúde e longevidade".

"Ficou claro que algumas pessoas eram mais propensas a doenças, levaram mais tempo para recuperar ou morreram cedo, enquanto outras pessoas da mesma idade foram capazes de prosperar. Todos os tipos de explicações foram propostas - ansiedade, falta de exercício, carreiras estressantes, assumir riscos, falta de religião, insociabilidade, desintegração sociais de grupos, pessimismo, falta de acesso a cuidados médicos e padrões de comportamento do tipo A."

Mas nenhuma foi estudada em longo prazo. Ou seja, nenhum seguiu pessoas passo a passo ao longo da vida. Quando Friedman e Martin começaram sua pesquisa em 1991, eles planejaram passar seis meses examinando preditores de saúde e longevidade entre os participantes do estudo de Terman.

Mas o projeto continuou durante as próximas duas décadas - financiadas em parte pelo Instituto nacional de envelhecimento - e a equipe eventualmente envolvida com mais de 100 estudantes de graduação e pós-graduação que buscaram certidões de óbito, avaliando entrevistas e analisando dezenas de milhares de páginas de informações sobre os participantes do estudo de Terman através dos anos.

"Chegamos a uma nova compreensão sobre felicidade e saúde," disse Martin, agora um professora de psicologia na Universidade de La Sierra em Riverside. "Uma das constatações que realmente surpreende as pessoas, inclusive nós, é que os participantes do projeto longevidade que foram mais alegres e tiveram maiores e melhores motivos para bom humor como filhos viveram vidas mais curtas, em média, do que aqueles que foram menos alegres e brincalhões. Indivíduos que ficaram mais saudáveis foram mais prudentes e persistentes viveram mais tempo".

Parte da explicação encontra-se em comportamentos de saúde — as crianças alegres, despreocupadas tendiam a assumir mais riscos com sua saúde através dos anos, Friedman observou. Enquanto uma abordagem otimista pode ser útil em caso de crise, também pode não ser tão útil assim, "Descobrimos que como uma orientação de vida geral, mais usada parte de um sentido que 'tudo vai ficar bem' pode ser perigoso, porque este pode levar alguém a ser descuidado sobre coisas que são importantes para a saúde e vida longa. Prudência e persistência, no entanto, levaram a uma série de benefícios importantes para muitos anos de vida. Acontece que a felicidade não é uma causa de boa saúde. Em vez disso, felicidade e saúde caminham juntos por terem raízes comuns".

Muitas das conclusões da UCR se afastam muito da sabedoria convencional. Por exemplo:

  • Casamento pode ser bom para a saúde dos homens, mas realmente não importa para as mulheres. Homens casados constantemente - aqueles que permaneceram em casamentos a longo prazo - estavam propensos a viver mais de 70 anos; menos de um terço dos homens divorciados estavam propensos a viver até os 70; e a longevidade de homens que nunca se casaram com quem se casou e se divorciou é significativamente próxima aos homens casados, porém ainda assim não vivem tanto quanto homens casados.
  • Sendo divorciar-se muito menos prejudicial à saúde das mulheres. As mulheres que se divorciaram e não se casaram novamente viveram quase tanto tempo quanto aqueles que constantemente se casaram ou se mantiveram no relacionamento.
  • "Não trabalhe muito duro, não se estresse," não funciona como assessoria de boa saúde e vida longa. Terman descobriu que pessoas que foram mais envolvidas e comprometidas com seus empregos fizeram o melhor. Continuamente as mulheres e os homens produtivos viveram muito mais tempo do que seus companheiros mais descontraídos.
  • Começando estudo formal demasiado cedo – sendo no primeiro grau antes de 6 anos de idade - é um fator de risco de mortalidade anterior. Tendo tempo para brincar suficiente e ser capaz de se relacionar com os colegas é muito importante para as crianças.
  • Brincar com animais de estimação não está associado com vida útil mais longa. Animais de estimação, por vezes, podem melhorar o bem-estar, mas eles não
    são um substituto para os amigos.
  • Veteranos de guerra são menos propensos a viver uma vida longa, mas surpreendentemente o estresse psicológico da guerra propriamente dito não é necessariamente uma ameaça para a saúde. Na verdade, é uma cascata de padrões não saudáveis que às vezes se segue. Aqueles que encontram um significado em uma experiência traumática e são capazes de restabelecer um sentimento de segurança sobre o mundo são geralmente aqueles que retornam a uma via saudável.
  • As pessoas que se sentem amadas e cuidadas relatam uma melhor sensação de bem-estar, mas ela não ajuda a viver mais tempo. O benefício de saúde mais claro das relações sociais vem de estar envolvido e ajudar os outros. Os grupos com que você se associa muitas vezes determinam o tipo de pessoa você tornar-se - saudável ou insalubre.

    Nunca é tarde para escolher um caminho mais saudável, Friedman e Martin disseram. O primeiro passo é deixar fora as listas e parar de se preocupar sobre se preocupar.

    "Algumas das minúcias do que as pessoas pensam nos ajudará muito, a levar uma vida saudável, como se preocupar sobre a proporção ômega-6, ácido graxo, ômega-3 nos alimentos que comemos nos distrai de vias principais" Disse Friedman. "Quando nós reconhecemos os padrões saudáveis e insalubres em longo prazo em nós mesmos, podemos começar a maximizar os padrões saudáveis."

    "Pensando em fazer alterações como ' Passos ' é uma grande estratégia," Martin aconselha. "Você não pode alterar coisas importantes sobre si mesmo durante apenas uma noite. Mas fazer pequenas mudanças e repetir essas etapas, pode eventualmente criar esse caminho de vida mais longa".


     

Fonte: Science Daily

Traduzido por Daphnia

Bactérias Halofílicas de 30.000 anos

A sobrevivência de microrganismos em ambientes extremos constitui uma característica incomum de bactérias e de outros tipos de seres microscópicos, muitas vezes denominados de micróbios.


Abre parêntese “micróbio” é uma designação bastante antiga, até mesmo “out-of-date”, de microrganismos como bactérias, fungos, cianobactérias, além de inúmeros outros organismos que só podem ser observados em microscópios. O termo micróbio deveria ser definitivamente abandonado, pois tem um significado muito geral, que não quer dizer nada. É muito melhor que se especifique a qual tipo de microrganismo se refere: se bactéria, fungo, ou outro qualquer. Fecha parêntese


Fato é que um tipo particular de bactérias é o das halófilas, ou halofílicas, bactérias que se desenvolvem em ambientes com alta concentração de sais, particularmente cloreto de sódio (NaCl). Vem daí o seu nome, uma vez que cloro é um halogênio (halo: de halogênio; filo: afinidade). A presença de bactérias halófilas já foi detectada em sedimentos ricos em sais, datados de mais de 250 milhões de anos. Porém, a viabilidade celular de tais bactérias tem sido continuamente criticada (ou seja, se estas bactérias ainda permaneceram vivas depois de todo este tempo), levantando-se a hipótese de que uma manipulação menos cuidadosa teria levado à contaminação destas amostras com bactérias “atuais” e vivas.


Em estudo publicado neste ano na revista Geology, pesquisadores da State University of New York conseguiram isolar e cultivar bactérias que estavam até então “dormentes”, na forma de esporos, de minerais ricos em sais datados de entre 22.000 a 34.000 anos. Junto com tais bactérias os pesquisadores encontraram fragmentos de algas do gênero Dunaliella. O tamanho das células das bactérias encontradas, muito menor do que o tamanho “normal” das células de bactérias comuns, indica que as bactérias que permaneceram todo este tempo em contato com altas concentrações de sais entraram em estado de desnutrição extrema (starvation), podendo manter-se unicamente por se aproveitar da matéria orgânica fornecida pelas algas com as quais permaneceram em contato. As bactérias isoladas mostraram ser do grupo das Archea, um dos grupos mais primitivos de microrganismos, e foram classificadas como pertencentes aos gêneros Halorubrum, Natronomonas e Haloterrigena. Em seu trabalho os autores tomaram cuidados extremos para evitar qualquer tipo de contaminação com bactérias atuais, e comprometer suas análises.


Microfotografias em branco e preto, e em cores, de células de Dunaliella em fissuras com fluidos em cristais salinos. A: células de Dunaliella (flechas brancas) e células de procariontes (flechas pretas) obtidas em sedimentos de 17,8 metros da superfície (e com cerca de 34.000 anos); B: carotenos cristalinos incrustantes e saindo de células de Dunaliella (14,5 me da superfície, antigas de 26.000 anos), F.I.: limite da inclusão fluídica produzida por Dunaliella; C: células de Dunaliella de 17,8 metros de profundidade (34.000 anos), algumas com carotenos incrustados.


O estudo começou com a coleta de amostras de sedimentos de 90 m de profundidade, na região do Vale da Morte na Califórnia (EUA), contendo altas concentrações de sais. Foram obtidos cristais com orifícios muito pequenos, alguns com menos de 1 micrometro de abertura. Fluidos coletados destes orifícios apresentaram células de vários procariontes (microrganismos desprovidos de membranas dentro de suas células, ou seja, membranas que delimitam o núcleo celular, por exemplo, como é o caso de bactérias). Além disso, os pesquisadores verificaram que tais microrganismos são abundantes nos fluidos de cristais de sais da região em que foram coletados.


Para se ter uma idéia da concentração da solução de sais utilizada pelos pesquisadores para o crescimento das bactérias isoladas, de até 4,3 moles de sal/litro, a concentração de NaCl em uma solução fisiológica (utilizada para colírios, nariz e tratamento de diarréia em crianças, p. ex.) é de 0,15 moles/litro. Não é qualquer tipo de bactéria que cresce em um meio de crescimento contendo uma concentração de sais tão alta. Somente bactérias muito bem adaptadas a um meio tão salino crescem nestas condições. Esta concentração de sais também evita a contaminação por bactérias “atuais”. Os autores processaram 881 cristais coletados em sedimentos do Vale da Morte, e conseguiram isolar bactérias a partir de 5 destas amostras. As bactérias isoladas demoraram 3 meses para “aparecer” nas placas de Petri (onde as bactérias são isoladas em laboratório). Uma vez que conseguiram isolar as bactérias, os pesquisadores analisaram uma parte do seu RNA ribossômico, chamada de 16S. Esta região do RNA ribossômico é muito utilizada para a classificação de bactérias. Estas análises forneceram informações sobre a classificação das bactérias isoladas, como partencentes ao grupo das Archea halofílicas.


Os autores também encontraram nos mesmos cristais salinos fragmentos de algas do gênero Dunaliella, que são conhecidas por produzir glicerol para manter o equilíbrio osmótico destas algas no ambiente salino em que se encontram. Este mesmo glicerol pode servir de fonte de carbono a organismos procariontes que vivem associados a estas algas. De fato, os pesquisadores observaram que as bactérias halofílicas isoladas dos cristais coletados são capazes de crescer em placas contendo unicamente glicerol como nutriente. Além disso, também verificaram que as algas Dunaliella presentes nos cristais secretam material intracelular para o interior das fissuras dos cristais quando se encontram na presença das bactérias. O fluido secretado pelas algas pôde ser visualizado sob condições naturais, pois contém carotenos, que são substâncias coloridas, visíveis até mesmo a olho nú, que cristalizam quando em contato com os cristais salinos. Segundo os autores, a quantidade de glicerol liberada no fluido de uma única célula de Dunaliella é capaz de ser utilizada por uma única célula de procarionte para manter seu DNA em boas condições durante 12 milhões de anos.


Os autores concluiram seu trabalho afirmando que fissuras em cristais salinos contendo fluidos com material orgânico constituem microambientes ideais para a longa sobrevivência de microrganismos halofílicos. Isso porque a constituição salina destes cristais diminui a probabilidade de ocorrência de danos no DNA dos microrganismos ali presentes. Também verificaram que tais microrganismos não entram em “estado de dormência”, mas sim em miniaturização, de maneira a diminuir ao máximo suas necessidades metabólicas, para o qual somente glicerol produzido por algas basta para a sua sobrevivência por longos períodos de tempo.


Células-tronco clonadas se provam idênticas às células-tronco fertilizados

Os cientistas geralmente concordam que todos os animais clonados biologicamente são falhos. Mas eles não concordam sobre o que significa para as células-tronco derivadas de embriões clonados, a base para a clonagem terapêutica.

Também conhecido como transferência nuclear de células somáticas, clonagem terapêutica é uma abordagem promissora para criar terapias celulares personalizadas individualmente para o tratamento de alguns transtornos. Demonstrado em ratos, mas não nos seres humanos, ele começa com células-tronco derivadas de um embrião clonado. Mas se embriões clonados não podem produzir organismos normais, como eles podem produzir células-tronco normais?

Analisando os perfis de expressão de gene completa de células-tronco clonadas e derivados de fertilização em ratos, os cientistas no Instituto Whitehead para pesquisas biomédicas agora concluíram que os dois são, na verdade, indistinguíveis.

"Este livro demonstra claramente que não importa se uma célula-tronco foram obtida a partir de um embrião clonado ou um embrião fertilizado," diz Whitehead membro Rudolf Jaenisch, autor sênior sobre o livro que aparecerá no online na semana de 16 de Janeiro, in Proceedings of the National Academy of Sciences. "Ambos podem ser igualmente boas para a terapia".
Para criar um clone, um cientista remove o núcleo de uma célula do doador e, em seguida, coloca-lo em um ovo do qual o núcleo foi removido. O investigador, em seguida, o ovo em pensar que ele é sido fecundado. O ovo se desenvolve em um blastocisto, um embrião de fase precoce consiste em não mais de 100 ou mais células. O cientista pode, em seguida, remova as células-tronco do presente blastocisto, ou colocá-lo em um útero onde ele tem potencial para tornar-se um feto.

Aqui é onde as coisas ficam complicadas. O núcleo doado original pode ter chegado de, digamos, uma célula de pele. Para um feto viável para o desenvolvimento, o ovo precisa reprogramar o genoma de células da pele, desligando genes específicos para o tecido da pele e ativação de genes necessários para o desenvolvimento embrionário, genes que são normalmente dormentes em células específicas do tecido. Em outras palavras, o ovo precisa apagar todas as memórias de tecidos específicos de células da pele e revertê-lo em uma lousa gênica em branco.

Mas todo esse processo quase nunca é perfeito, e quase todas as células em um blastocisto clonado retêm alguma memória de sua fonte original. Como resultado, o desenvolvimento do feto inevitavelmente tem algum grau de anormalidade genética. A maioria dos clones, na verdade, morrem no útero ou no nascimento. Alguns clones que torná-lo até a idade adulta são frequentemente atormentados por complicações de saúde bizarro. Esta é uma das razões por que os cientistas geralmente acreditam que a tentativa de clonar um ser humano é moralmente repreensível.

Mas são as células estaminais do embrião clonado sitiado pelos mesmos defeitos? Estudos têm demonstrado que um pequeno número de células-tronco no blastocisto parece ser poupado esta reprogramação defeituoso. Quando células-tronco de um blastocisto clonado são removidas e colocadas em um prato, a maioria morre. Alguns, no entanto, sobrevivem e dar origem a uma linha de células estaminais embrionárias, e estas parecem ser reprogramado completamente.

Pesquisadores têm tentado testar a integridade destas células estaminais sobrevivente transplante-los em blastocistos fertilizados e, em seguida, observando a saúde geral do animal resultante. Embora esses animais gerados inteiramente a partir de células-tronco clonadas parecem estar bem, muitos cientistas não aceitarem este resultado como definitivas.

Tobias Brambrink, um investigador pós-doutorado no laboratório Jaenisch, tentou uma abordagem diferente, comparando a expressão gênica em células estaminais clonadas e derivados de fertilização. Com uma série de fichas, Brambrink medida que genes estavam ativos e que foram silenciosa em ambos os tipos de células. Para garantir a precisão de seus resultados, em comparação com cinco linhas de células-tronco clonadas com cinco linhas de células-tronco derivadas de fertilização.

"Os resultados são muito claros," diz Brambrink. "Se um gene é ativo em células-tronco fertilizadas, também é ativa em células-tronco clonadas e o mesmo nível de atividade. O mesmo acontece com genes que são silenciosos. Não há realmente nenhum molecular diferença significativa entre os dois tipos de células estaminais."

"Na minha opinião, estes resultados solidificam o argumento de que, ao mesmo tempo um animal clonado é anormal, uma célula-tronco clonada é perfeitamente normal," diz Jaenisch.

Este estudo foi financiado pelo National Institutes of Health.


Tradutora - Daphnia