Vitamina D

Introdução

Vitamina D é o nome geral dado a um grupo de compostos lipossolúveis que são essenciais para manter o equilíbrio mineral no corpo. É também conhecida como calciferol e vitamina antiraquítica. As formas principais são conhecidas como vitamina D2 (ergocalciferol: de origem vegetal) e vitamina D3 (colecalciferol: de origem animal).

Dado que o colecalciferol é sintetizado na pele através da ação da luz ultra-violeta no 7-dehidrocolesterol, um derivado do colesterol que está distribuído de forma generalizada na gordura animal, a vitamina D não está de acordo com a definição clássica de vitamina.
De qualquer modo, dado o número de fatores que influenciam a síntese, tais como a latitude, a estação, a poluição aérea, a área de pele exposta, a pigmentação, a idade, etc., a vitamina D é reconhecida como um nutriente essencial da dieta.
 
Importância
 
A falta de vitamina D tem sido associada a fraturas, várias doenças crônicas e morte. Ela pode ajudar a prevenir a degeneração do tecido cerebral por ter um papel importante na formação dos neurônios, mantendo os níveis de cálcio no organismo, ou eliminando a beta-amilóide, a substância que forma placas e emaranhados no cérebro associados com o Mal de Alzheimer. Outros estudos relacionam a falta de vitamina D com hipertensão em mulheres, gripe e problemas de coração.

Um novo estudo indicou que pessoas com níveis elevados de vitamina D podem ter menor risco de desenvolver doença de Parkinson. O trabalho foi publicado na edição de julho dos Archives of Neurology

Grupos em risco de deficiência


O risco de deficiência de vitamina D é mais elevado entre as crianças e os idosos, especialmente aqueles com baixa exposição à luz solar. Em prematuros e bebês com baixo peso, as funções hepáticas e renais podem ser inadequadas para um metabolismo ótimo da vitamina D e o leite humano é uma má fonte de vitamina D. Nos idosos as restrições alimentares são um fator de risco adicional.

Pessoas com doenças que afetam o fígado, os rins e a glândula tiróide ou a absorção de gorduras, os vegetarianos, os alcoólicos e os epilépticos em terapia de longa duração de anticonvulsionantes, bem como as pessoas que estão retidas em casa, têm um maior risco de deficiência. Um grupo de risco específico, que atraiu as atenções nos últimos anos, é a população das Índias Ocidentais no Reino Unido.


Deficiência de vitamina D

Deficiência de vitamina D aumenta o risco de artrite reumatóide. De acordo com novo estudo, mulheres que vivem no nordeste dos Estados Unidos (região fria) têm mais chance de desenvolverem artrite reumatóide, o que sugere um link entre a deficiência de vitamina D, pela falta de sol, e a doença auto-imune. A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crônica que afeta juntas, principalmente de mãos e joelhos. É caracterizada por inchaço, vermelhidão, dor, sendo mais comum nas mulheres.

Apesar da causa ser desconhecida, a deficiência da vitamina D parece estar envolvida. Infelizmente esta tem se tornado comum mesmo em países ensolarados, pois acabamos saindo de casa totalmente besuntados de protetor solar. Mesmo quem não usa o filtro solar mas sai de sua garagem, no carro e já estaciona na garagem da empresa, de onde só sai à noite pode sofrer da deficiência, que não só enfraquece os ossos mais aumenta a incidência de doenças auto-imunes (Boston University Medical Center).

Hoje em dia a deficiência de vitamina D é uma das condições clínicas mais frequentes. Por muitos anos, as consequências desta deficiência estiveram relacionadas somente a alterações da qualidade do osso. Nos últimos anos, tem sido observado que a vitamina D interage com outras funções do organismo e sua deficiência pode levar as mais diversas condições clínicas além da osteoporose. Podemos citar, entre elas, o risco aumentado de diabetes, infecções, doenças coronarianas, doenças autoimunes e até a obesidade.

Excesso de Vitamina D

O consumo de altas doses (10 vezes o valor diário recomendado) por vários meses pode causar toxicidade, resultando em nível alto de cálcio no sangue. Um aumento na absorção de cálcio e reabsorção óssea resultam em hipercalcemia, a qual pode levar à deposição de cálcio em muitos órgãos, particularmente as artéria e rins. Calcificação óssea excessiva, cálculos renais, calcificação metastática de partes moles (rins e pulmões), hipercalcemia, cefaléia, fraqueza, vômitos, constipação, poliúria, polidipsia.

Os sintomas iniciais da intoxicação pela vitamina D são a inapetência, a náusea e o vômito, os quais são acompanhados pela sede excessiva, aumento da micção, fraqueza, nervosismo e hipertensão arterial. O cálcio pode depositar-se por todo o corpo, sobretudo nos rins, onde ele pode causar uma lesão permanente. A função renal torna-se deficiente, acarretando a passagem de proteínas para a urina. Também ocorre um aumento da concentração de uréia (um produto da degradação metabólica) no sangue.

O tratamento consiste na interrupção do uso do suplemento de vitamina D e na instituição de uma dieta pobre em cálcio, visando reduzir os efeitos da concentração elevada de cálcio no organismo. O médico pode prescrever corticosteróides, para reduzir o risco de lesão tissular, e cloreto de amônio, para manter a urina ácida, reduzindo o risco de formação de cálculos de cálcio.

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